segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Duas grandes revelações - Justiça e Ira

É comum se ter ideias equivocadas a respeito de Deus e de Sua obra, algumas vezes por um condicionamento às filosofias que permeiam a cultura, em outros casos por nossa determinação em defini-lo a partir de uma concepção própria, quando deveríamos olhar para a revelação de Deus a respeito de si mesmo.
 
Vamos à leitura de um trecho de Romanos, acerca de duas revelações distintas, mas interrelacionadas: justiça e ira.
 
Romanos: 1. 17. Porque no evangelho é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus, como está escrito: Mas o justo viverá da fé. 18. Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça. - Bíblia JFA Offline
 
A justiça e a injustiça
Você acha que a humanidade não caminha bem? Você consegue perceber maldade, perversão, rebeldia, espírito contencioso, falsidade, descaminhos que assustam e nos deixam perplexos e indignados? Você consegue perceber maldade em si mesmo? Não aquela que, necessariamente, se traduz em atos, mas aquela que brota no seu interior e que você luta para dominar, mas muitas vezes não consegue? E que reincide? Se nós conseguimos perceber isso, confessemos também que às vezes não percebemos ou a ignoramos. Pois bem, Deus vê esta maldade, esta corrupção do gênero humano, num grau muito mais elevado. Pois Seu ser é santo, onisciente, perfeito e justo e não pode tolerar o mal, quer o chamemos de intencional ou não, quer seja minúsculo ou maiúsculo. A ofensa é contra Ele. Paulo irá expor mais à frente o peso disso.
O fato é que ansiamos, imperfeita ou omissamente, por justiça e retidão, entretanto, Deus a requer com toda a autoridade, credibilidade e poder para tal.
 
A justiça é de Deus. Nós não estamos habilitados para exercê-la de forma absoluta, pois estamos maculados com a injustiça, com a transgressão, com o pecado. A nossa justiça culmina em injustiça, perceba isso em nossa sociedade, nas séries de TV, nas religiões; a justiça própria, a vingança, não produzem a justiça de Deus.
 
No Evangelho, a justiça de Deus é revelada
Deus, por amor a Seus filhos, não quer que estes sejam destruídos pelo mal. Deus não tem prazer na morte do injusto. Deus quer que todos se arrependam e cheguem ao conhecimento do Seu Filho, da Sua justiça. Jesus é a justiça de Deus. Ele é o justo e o justificador, Aquele que nos torna justos. Por Sua obra, Sua morte em nosso lugar, expiou todas as nossas culpas, removeu a inimizade que a nossa injustiça criou para com Deus. Deus, o Pai, Ele é o justo juiz e requer o pagamento. Mas Ele também é quem providenciou o pagamento de nossa pena, enviando o seu próprio Filho como oferta pelo pecado. O Evangelho é a impactante notícia de que o Justo se ofereceu pelos injustos, sendo ele próprio o ofendido. A justiça foi cumprida voluntaria e graciosamente.
 
Do céu, é revelada a ira de Deus
Nós, geralmente, associamos a ira a algo pecaminoso, à perda do domínio próprio, a algo terreno e carnal; espiritualidade seria tão somente serenidade e passividade. No entanto, nem sempre a ira é pecaminosa. A bíblia exorta: "irai-vos, mas não pequeis."  A ira de Deus é uma manifestação da Sua justiça, mas também uma face do Seu amor. Deus se irando revela o Seu compromisso de Ser quem Ele é sempre, o que nos permite confiar nEle, e revela também sua determinação contra o mal que nos destrói e com o qual nos afligimos. Deus não é passivo diante do mal, Ele não o contempla do céu melancolica, frágil e indiferentemente. Ele se ira!
 
Contra toda impiedade e injustiça dos que detêm a verdade em injustiça
Às vezes, mensuramos as maldades e as classificamos. Embora isso pareça razoável com relação à nossa convivência e sistema judicial, não podemos pensar o mesmo em relação a Deus.
Apesar de haver indícios na bíblia de que há coisas que ofendem mais a Deus do que outras, ao mesmo tempo, vemos a Sua graça sendo capaz de contemplar os piores criminosos, enquanto que um, supostamente, pequeno transgressor, que permaneça impenitente e inconfesso, venha a receber o juízo eterno. E aqui se aplica a conclusão da parábola que diz que "a quem mais se perdoou, este mais amará."
O fato é que não há impiedade ou injustiça que não ofendam a Deus, especialmente, porque rejeitamos e desprezamos, deliberadamente, a verdade de Sua existência, de forma prática, quando o ofendemos com um viver mau e alheio à essência do Seu ser em nós e ao nosso redor.

 

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